19 de novembro de 2019 | Ana Tavares
Lisboa está em 10º lugar na lista das cidades europeias mais atrativas para investimento imobiliário em 2020, de acordo com o mais recente Emerging Trends in Real Estate Europe 2020, elaborado pela PwC e pela ULI.
A capital portuguesa “tomba” do 1º lugar que ocupou no ranking de 2019, mas mantém-se entre os principais destinos de investimento. Paris lidera a lista, seguida por Berlim (que manteve o 2º lugar), Frankfurt, Londres, Madrid, Amesterdão, Munique, Hamburgo e Barcelona, em 9º lugar.
Em Lisboa, é o preço mais elevado dos ativos que dita esta mudança no ranking. Mas os investidores consideram que continuam a estar disponíveis vários tipos de ativo de todas as classes de investimento, incluindo hotelaria ou residencial, e mesmo o retalho.
O desafio está mesmo em encontrar bons edifícios para investir no mercado de escritórios “core”. Aumenta o interesse das grandes seguradoras e dos fundos alemães, e o mercado está mais competitivo, com as yields a rondar os 4%. Os custos de ocupação continuam a ser considerados baratos em comparação com outras cidades europeias.
Por outro lado, não há grandes terrenos disponíveis para construção, além dos terrenos de Entrecampos, agora propriedade da Fidelidade, e pouco espaço está disponível no Parque das Nações.
O relatório menciona ainda a criação das SIGI como mais um ponto positivo para a confiança dos investidores, a par da confirmação da construção do novo aeroporto. A par disso, as previsões são de crescimento de 1,6% do PIB em 2020, enquanto o desemprego continua a descer. Isto dá confiança aos investidores.
De um modo geral, em 2020 os investidores vão procurar cidades que ofereçam liquidez e conectividade, num “clima de mudança” que se sente na Europa. A maior parte dos inquiridos confia na atratividade do imobiliário, apesar das fortes mudanças políticas ou económicas do Velho Continente, apoiados na decisão de manutenção ou corte das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu. Por isso mesmo, a PwC antecipa um mercado imobiliário bastante ativo no próximo ano.
Entre as principais preocupações dos investidores para 2020, estão a disponibilidade de stock (62%) e a subida dos custos de construção (67%). 34% esperam conseguir retornos inferiores no próximo ano.